Projeção é de que unidade instalada em Cariacica (ES) processe pelo menos dois milhões de PETs até 2026, ajudando a reduzir a poluição oceânica por plásticos, que representa 80% dos resíduos sólidos encontrados em águas salgadas.
A Biosolvit, Scale Up fluminense especializada em sustentabilidade de soluções, concretizou um importante passo na última sexta-feira, dia 14, ao inaugurar a primeira fábrica do Brasil de produção de supressor de poeira a base de plásticos PETs. A unidade, instalada em Cariacica, Espírito Santo, tem capacidade para processar até 70 toneladas de plástico por mês. Nos próximos dois anos, a projeção é retirar da natureza pelo menos dois milhões de garrafas descartadas de forma inadequada.
A produção atenderá as demandas da Vale S.A. na unidade de Tubarão, em Vitória, no carregamento de vagões ao longo da Estrada de Ferro entre Vitória e Minas e, em algumas operações de Minas Gerais. A iniciativa fortalece a infraestrutura logística da Vale e reafirma o compromisso da empresa com a sustentabilidade.
O fundador e CEO da Biosolvit, Guihermo Queiroz, destacou que a unidade em Cariacica é um marco da parceria entre as duas empresas, possibilitando expandir a produção em larga escala e avançar com inovação e desenvolvimento social.
-Nossa colaboração é transformadora e não para por aí. Além de Cariacica, está prevista a construção de outra fábrica em Itabira, Belo Horizonte. Esta parceria nos eleva a um novo patamar social, já que vamos contribuir para o aumento da renda mensal de aproximadamente 600 catadores de recicláveis que fazem parte das associações instaladas na região da Grande Vitória. Tem também o aspecto econômico, já que vamos ampliar a nossa capacidade de produção – disse Queiroz.
O diretor de Pelotização e Briquetes da Vale, Rodrigo Ruggiero, reafirmou a importância do supressor de poeira. “Esta inovação, patenteada pela Vale e pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFEs), é um exemplo do compromisso contínuo com a eficiência ambiental”.
COMBATE À POLUIÇÃO PLÁSTICA – A poluição provocada pelos plásticos representa 80% dos resíduos sólidos em água salgada. Segundo pesquisa publicada em março deste ano, realizada por uma equipe de cientistas liderada pelo 5 Gyres Institute, que capitaneia um movimento global contra a poluição dos mares, o problema vem diminuindo a capacidade dos oceanos de absorver dióxido de carbono e de regular a temperatura do planeta.
O estudo aponta ainda que existem mais de 170 trilhões de partículas de plástico flutuando nos e que a cada ano, de 8 milhões a 12,7 milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos do planeta.
-São dados alarmantes, que chamam atenção de toda sociedade para a preservação do nosso ecossistema e que aumentam ainda mais a responsabilidade da Biosolvit em disseminar práticas de inovação tecnológica destinadas à sustentabilidade de resultado – pontuou Guilhermo Queiroz.
Fotos: Biosolvit
